ácido
(sebastião martins)
sou sulfúrico
sou muriático
sou cianídrico
sou problemático
quimicamente
me despeço
sorumbático.
blog do poeta: poesia & cia.
L. S. D.ada
(valéria tarelho)
era eufórica
era enfática
era excêntrica
era extasiática
[extrema
mente easy
e gostosa
pra cacete]
caí no papo
de um tipo
“cachorrácido”
[e o f. d. p.
me comeu
gostoso]
sou esse fundo
de poço
puro osso
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Ab imo corde
(Andréa Motta)
Está escrito numa folha de avenca,
Minh'alma tem cheiro, sabor e cor
de esterco !
Fertilizo o chão escarlate
e florescem
jasmins bondade sabiás
acácias saudade rouxinóis
alecrim felicidade curiós
Urubus
Despejam fel
ab hoc et ab hac!
até sobrevir a seca,
Ab initio
Absinto
Onde foi parar a emoção
de tomar uma criança
pela mão
e ensina-la a sentir o canto do mar?
Tudo o que se vê
são sombras bordejantes
deambulando pelas letras
sem ar
sem par
sem lar
Azimute!
Onde estás,
oh... lume das paixões
onde estás,
sob escombros intelectuais?
~> blogs da autora :
jardim de poesia
bordando essências
Está escrito numa folha de avenca,
Minh'alma tem cheiro, sabor e cor
de esterco !
Fertilizo o chão escarlate
e florescem
jasmins bondade sabiás
acácias saudade rouxinóis
alecrim felicidade curiós
Urubus
Despejam fel
ab hoc et ab hac!
até sobrevir a seca,
Ab initio
Absinto
Onde foi parar a emoção
de tomar uma criança
pela mão
e ensina-la a sentir o canto do mar?
Tudo o que se vê
são sombras bordejantes
deambulando pelas letras
sem ar
sem par
sem lar
Azimute!
Onde estás,
oh... lume das paixões
onde estás,
sob escombros intelectuais?
~> blogs da autora :
jardim de poesia
bordando essências
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
direto e reto
sê inteiro
- íntegro -
como quando ladrilhos
testemunham teu íntimo
sê genuíno
tanto em público
como quando ficas
recluso
(e defecas
- fidedigno -
no esgotomundo)
ante
seu ego
ecos outros
ascos
:
sê exato
(como quando
entre paredes
te rendes
ao mais lídimo
ato)
- íntegro -
como quando ladrilhos
testemunham teu íntimo
sê genuíno
tanto em público
como quando ficas
recluso
(e defecas
- fidedigno -
no esgotomundo)
ante
seu ego
ecos outros
ascos
:
sê exato
(como quando
entre paredes
te rendes
ao mais lídimo
ato)
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
desabafo
sou essa a teus pés
pedinte
tapete de poemas
onde deitas
rolas
essa que te sustenta
com uns versos meia-boca
[os que comes
cospes fora]
sou essa a teus pés
disposta
vira-me do avesso
dilacera-me os pedaços
goza em meus restos
faz-me pasto
pisa-me [poesia]
que eu me arrasto
pedinte
tapete de poemas
onde deitas
rolas
essa que te sustenta
com uns versos meia-boca
[os que comes
cospes fora]
sou essa a teus pés
disposta
vira-me do avesso
dilacera-me os pedaços
goza em meus restos
faz-me pasto
pisa-me [poesia]
que eu me arrasto
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
cor-respondência
(Elisa Lucinda)
Remeta-me
os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era seu jeito
ou de propósito
mas era bom
sempre bom
e assanhava as tardes
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era seu jeito
ou de propósito
mas era bom
sempre bom
e assanhava as tardes
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
terça-feira, 21 de agosto de 2007
hilda

é rígido e mata
com seu corpo-estaca
ama mas crucifica.
o texto é sangue
e hidromel.
é sedoso e tem garra
e lambe teu esforço.
mastiga teu gozo
se tens sede.é fel.
tem tríplices caninos.
te trepassa o rosto
e chora menino
enquanto agonizas.
é pai filho e passarinho.
ama.pode ser fino
como inglês.é genuíno.piedoso
quase sempre assasino.
é Deus.

(1930 - 2004)
em "poemas malditos, gozosos e devotos"
editora globo - 2005 (capa acima)
1ª edição em 1984

segunda-feira, 20 de agosto de 2007
bruxas
para paulo medeiros
feias
porcas
más
[no entanto
gostosas
nos contos
de fodas]

* "feias, porcas e más" e "se possível...sejam crianças para sempre"
~> exposições do artista plástico paulo medeiros - museu municipal de vouzela, portugal (2005/06)
gostosas
nos contos
de fodas]

* "feias, porcas e más" e "se possível...sejam crianças para sempre"
~> exposições do artista plástico paulo medeiros - museu municipal de vouzela, portugal (2005/06)
** na foto: eu, escondendo a feiura
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
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