sexta-feira, 17 de outubro de 2008

poetriz

dentro de mim
mora uma vadia
que trepa com rimas
a troco de poesia

dentro de mim
habita uma pueta
que de esquina em esquina
se estrepa em estrofes
(só se fode)

dentro de mim avança
essa mulher à margem

: à minha imagem
e semelhança


valéria tarelho

13 comentários:

Lina. disse...

Olá, Valéria.

Parabéns pelo blog!

Quanto despudor!
Quanta poesia!

Barone disse...

Adorei Valéria!

Fê Colcerniani disse...

Amei essa poesia...
O título foi fantástico... Um trocadilho de meretriz com poetriz... ficou perfeito... Gostei muito do seu trabalho... Irei lincar seu blog no meu! rs
Adorei!
Bjs

Anônimo disse...

...intenso.
este momento se eterniza e assim se perpetua felicidade,
para cada encantamento que sua leitura traz.

viral (street dog para quem nem sabe mais o endereço do juízo).

Barone disse...

A poesia é um ato solitário, fruto do que há dentro de nós. Nesta segunda-feira, um projeto simples pretende imprimir na solidão da poesia um sentimento de coletividade, de coisa feita ombro a ombro. Trata-se do projeto Poema Dia, um blog (http://poemadia.blogspot.com/) no qual cada dia do mês é adotado por um poeta ou mini-contista que, neste dia específico, posta um trabalho de sua autoria.

Nossa nau partiu nesta segunda-feira (1º de dezembro) com 15 tripulantes, outros embarcarão pelo longo caminho. Singraremos os mares bravios da literatura e da sensibilidade. Convido-os a compartilhar esta viagem conosco.

Assis de Mello disse...

Valéria,
Obrigado pelo comentário sobre os meus poemas no poesia Dia.
Estou adorando te ler também. Terminei de entrar e vou continuar lendo.
Descobri que o seu parceiro de literatura- Sidney Olívio- é meu colega na UNESP; ele em Rio Preto e eu em Botucatu. Logo vou contactá-lo para adquiir o Zoopoesia.
Um beijo e apareça no meu blog.
Chico
P.S.- Vou te linkar.

Fernando disse...

Valéria estou muito feliz em te rever/ler/ver, a conheci em 2005 quando procurava algo de Blue Velvet (o filme), cai no seu blue velvet, me aprofundei até onde deu no seu trabalho, fui á comunidade, virei seu amigo, trocamos recados...Você me fez até brincar de escrever, euzinho um mero arquiteto, tentando arquitetar palavras? Não, tal graça só a poucos se consente. E pelo jeito vc está cada vez melhor, mais afiada.
Bjs,
Você me fez feliz (de novo)
Fernando José

Anônimo disse...

Como quem se entrega vestida apenas do próprio corpo de palavras! Lindíssimo! Um deleite os trocadilhos como quem troca as roupas pelo avesso em cada verso. Parabéns! Katyuscia.

romério rômulo disse...

valéria:
fui encontrar este poema agora,
no balaio do moacy cirne.
romério

Pablo Treuffar disse...

Gosto dessas coisas sujas

mentira disse...

És poesia pura, isso sim...

Rosangela Ataide disse...

Boa definição 'poetriz' essa mulher à margem, que independente de Valérias, Marcias, ou Rosas se atrevem à poesia.

Parabéns!

Anônimo disse...

Atrevida poesia!

adorei.
Isa